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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Meu aniverário

Dia 25/02 comemorei meu aniversário no Frey Café e, apesar do intuito deste blog não ser exatamente este, aproveitarei o espaço para agradecer a presença dos meus amigos que transformaram esta noite em uma data inesquecível.

Engraçado como antes eu achava besteira comemorar aniversários, achava que era comemorar que se está ficando velho. Após um acidente que quase morri, entendi o que era comemorar mais um ano de vida.

Foi incrível juntar num só lugar, amigos de tantas partes diferentes da minha vida (escola, cursos, recentes, antigos, etc). Então... Muito obrigado!!!!!

Que os muitos anos de vida que vocês me desejaram sejam muitos anos de amizade!

Peça - Quixotes

Inspirado no clássico Dom Quixote, a peça narra as aventuras de dois artistas populares que interpretam as histórias dos personagens Dom Quixote e Sancho Pança.

Ver a história do cavaleiro da triste figura recontada nas vozes dos dois atores mambembes só aumenta a mensagem do texto de Cervantes. O histórico Teatro Arena é palco desta encenação que, na linguagem do teatro de rua, reconstrói com muito respeito e adapta a aventura para os dias de hoje sem recursos de cenário, baseando-se no trabalho de corpo dos dois atores. 

Meu professor de geografia do cursinho dizia que quem não leu Dom Quixote perdeu metade da vida. Pra quem ainda não se convenceu, esta obra foi eleita como o melhor livro de todos os tempos pelos mais famosos escritores da nossa época.

Se você não conhece ainda as aventuras do cavaleiro e seu fiel escudeiro, esta é uma ótima oportunidade. Se já conhece, não deixe de revive-la na ótica destes dois contadores que, assim como o protagonista do livro, acreditam poder mudar o mundo para melhor. Ajude-os a conseguir. 

Quixotes
Elenco: Andréia de Almeida e Lucciano Draetta.
Duração: 60 minutos.
Recomendação: livre.
Ingressos:R$10,00 (Estudantes, maiores de 60 anos e classe teatral têm 50% de desconto).
Sextas e Sábados, às 21h. Domingos, às 20h. Até 13 de março.
Teatro de Arena Eugênio Kusnet – Rua Dr. Teodoro Baima, 94 – República.



domingo, 27 de fevereiro de 2011

Livros Gratis - Funart


Para me desculpar do hiato de posts gerados por alguns eventos ( meu aniversário, ensaios de peça e outras coisinhas mais) e até pela interrupção da acadêmia de improvisação (de volta em breve) achei um presente para compartilhar com os leitores deste blog.

A Fundação Nacional de Arte está disponibilizando no seu site 17 obras completas para download. Destas , 6 são obras interessantes para quem estuda artes cênicas ou se interessa por teatro:


Historia do Teatro Brasileiro - De Anchieta a Nelson Rodrigues
Edwaldo Cafezeiro e Carmem Gadelha. Co-edição: Funarte/UFRJ/Eduerj. A história da sociedade brasileira é escrita do ponto de vista da nossa dramaturgia. Dos ritos indígenas e do teatro colonial, os autores percorrem todo o desenvolvimento da dramaturgia nacional para chegar à modernidade do teatro brasileiro, sintetizada na figura de Nelson Rodrigues. Download

Angel Vianna : sistema, método ou técnica? - Organização de Suzana Saldanha Bailarina, coreógrafa, professora e pesquisadora, Angel Vianna é uma referência no campo das artes cênicas. O livro reúne ensaios de profissionais de diferentes áreas do conhecimento que entraram em contato com o trabalho de Angel. Além de analisar a obra da artista, os autores abordam experiências que marcaram sua vida e foram determinantes para o desenvolvimento desse trabalho, como a relação com Klauss Vianna, a descoberta do sistema Laban, o envolvimento com o teatro e os estudos de anatomia e belas artes.Download

Repeitável Publico... O circo Encena - Erminia Silva e  Luís Alberto de Abreu A contemporaneidade da linguagem circense e o seu diálogo contínuo com os movimentos culturais de sua época são temas destacados por Erminia Silva em parceria com Luís Alberto de Abreu. O livro desvenda a rotina das trupes circenses brasileiras, resgatando os valores e memórias desses grupos. Com glossário circense.Download

Ankito, minha vida ... Meus Humores - Denise Casais Primeira biografia de Ankito, o circense que se tornou um dos ícones das chanchadas cinematográficas.Download



Batalha de Quimera -Sebastião Milaré Personagem decisivo no processo histórico que levou a uma renovação da cena cultural brasileira, Renato Vianna lançou o teatro ao encontro dos ideais modernistas e  trabalhou para fazer dele a base da criação de uma identidade nacional. Batalha da Quimera apresenta aos leitores uma análise de sua trajetória profissional.Download

Circo-Teatro Benjamim de Oliveira e a teatralidade no Brasil - Ermínia Silva
 Com sua pesquisa Ermínia Silva lança um olhar diferente sobre o fenômeno circense. Para isso, focaliza uma época bastante significativa no desenvolvimento do circo brasileiro – de 1870 a 1910, aproximadamente – e recupera uma figura emblemática do período: o artista circense Benjamim de Oliveira.Download

Para fazer o download, basta clicar no link no final da sinopse de cada livro. Para conhecer todos os livros disponibilizados para download acesse http://www.funarte.gov.br/edicoes-on-line/. Em breve uma enxurrada de novos posts aqui no blog e me desculpem pelo hiato!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ImproFit - Recado + Dicas

A Acadêmia de Improvisação -ImproFit- que agora acontece somente aos domingos, iniciará um pouquinho mais tarde no proximo encontro, as 16h, por causa do evento “Entradas Sem Saída com Clã” na Casa das Rosas (post abaixo). No próximo domingo voltamos a programação normal. Para quem está lendo pela primeira vez sobre a acadêmia, ela é um encontro que acontece no Centro Cultural São Paulo para exercitar improvisação de maneira livre (procure posts deste blog no marcador ImproFit para mais informações)

Agora … Algo completamente diferente!

*15 Dicas para improvisar uma boa cena* (baseado no texto de Keith Johnstone)

1- Fazer ofertas
2- Não pensar adiante
3- Desenvolver ação e envolver o parceiro na realização da ação
4- Aceitar e/ou super-aceitar
5- Quebrar a rotina
6- Estabelecer bem o ambiente
7- Fazer afirmações
8- Achar um final pra cena
9- Escolher claramente um papel
10- Não esquecer o titulo da cena
11- Colocar o outro em dificuldade. Lançar desafios
12- Ir contra a expectativa. Sempre surpreender
13- Quanto mais se fala, menos sentimento se mostra
14- Contar uma estoria e vive-la
15- Correr riscos

Caso você esquecer alguma das dicas... Improvise!

Entradas Sem Saída com Clã - Estúdio das Artes Cômicas

No próximo domingo, dia 13 de fevereiro o grupo Clã Estúdio de Artes Cômicas se apresentará na Casa das Rosas. Uma "clown-binação” de números com sustos, escorregões, bruxas, poções erradas e trágicas conseqüências.
É só chegar! Entrada grátis.

Domingo, 13 de fevereiro · 15:00 - 16:00
Casa das Rosas - Av. Paulista, 37 - São Paulo

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

As Duas Viagens de Lecoq

O "Quintal de Criação", espaço com tem cerca de 300 metros quadrados, e abriga local dedicado à leitura de peças, workshops, oficinas de palhaços e ensaios estará exibindo gratuitamente o documentario "As Duas Viagens de Lecoq" seguido de debate com Ricardo Napoleão.

Lecoq X Decroux
Jackes Lecoq, ao lado de Decroux, foram os maiores professores de mímica em Paris por mais de quarenta anos.Ao contrário de Decroux, que defendia a mímica pura, Jacques Lecoq entra para este cenário como se previsse a síntese que estava por vir e, de fato, encorajou o hibridismo.

Apesar de já terem sido considerados opostos e até rivais por alguns é fácil reconhecer vários princípios em comum entre eles. O mais notório é que ambos mantiveram aceso o espírito da Ecole du Vieux Colombier. Lecoq afirma que ensinou o mímico a falar. Já formou diversos profissionais, como Pierre Byland, Phillipe Gaulier, Claude Evard, Phillipe Avron, Alberto Vidal, Ariane Mnouchkine, Steven Berkoff, Luis Otávio Burnier, entre tantos. Se hoje ouvimos falar sobre o trabalho do clown, do bufão, das máscaras, do Circo Novo, da Mímica Contemporânea e do Teatro Físico, devemos muito dessa responsabilidade a Jacques Lecoq.


"As Duas Viagens de Lecoq" exibição de filme seguido de debate com Ricardo Napoleão.
Entrada gratuita - 12 de fevereiro - Sábado 20h - 23h
Quintal de Criação - Rua Medeiros de Albuquerque, 381 - Vila Madalena - São Paulo

Sobre o Clown

O Clown é a exposição do ridículo de cada um, logo, ele é um tipo pessoal e único. Assim qualquer um pode ter um Clown com tendências e estilos baseados na sua personalidade.
O Clown, portanto, não representa, ele é. Não se trata de um personagem, ou seja uma entidade externa a nós, mas da ampliação e dilatação dos aspectos ingênuos, puros e humanos, portanto ‘estúpidos’ do nosso próprio ser.

O Clown não serve apenas para fazer rir, ele pode ser poético, lírico e muitas vezes fazer chorar.
Então basicamente ele é completamente baseado em nossas características: boas e ruins.
O Clown muitas vezes parece inadequado e impertinente; entretanto, seu descomprometimento e aparente ingenuidade lhe dão o poder de zombar de tudo e de  todos impunemente, é claro que sabendo agir com sensibilidade e inteligência.

O Clown pode ir a qualquer lugar sem se preocupar com nada, ele é adequável a tudo e a todos, para ele tudo é possível, mas nem tudo é fácil e em tudo existe a possibilidade para o riso.Mas, para alcançar o estado do clown, o ator procura adequar suas matrizes internas às características do palhaço. O Resumo disso propicia a expressão de uma particularidade através de um tipo cômico aparentemente imutável. Isso confere ao palhaço um grau de universalidade que se manifesta de forma particular. Ou seja, ele é, ao mesmo tempo, único e universal.
 
O Clown não é um ator e nem um personagem, o ator vê o erro e disfarça e o clown vê o erro e se diverte com ele, mostra para o público que errou. O Erro é bom e torna – se um instrumento de trabalho. Enquanto o ator é um personagem e não pode fugir dele, o palhaço não tem limitações ele nunca é o mesmo, ele nunca tem a mesma idade, ele não tem regras. Ele se transforma no que ele quer, ele é o que ele quer ser.

O Clown não se limita a mostrar o defeito das pessoas, eles podem se tornar interessantes e engraçados. As pessoas rindo de si mesmas não condenariam quem revelou seus defeitos.

QUANDO APRENDEMOS A ENXERGAR NOSSOS DEFEITOS E ACEITA – LOS, SE TORNA MAIS FÁCIL ACEITAR E CONVIVER COM O MESMO "

(texto extraido do site do grupo Clown Circo )

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Peça de Teatro - MÁ COMPANHIA




Sinopse - Má Companhia apresenta uma colagem de textos e personagens dos atores Marcelo Mansfield e Carlos Fariello, consagrados em participações em espetáculos como Terça Insana, Quinta Q Pariu, Casal de Segunda, Segundas Intenções, Rashowbico e nos programas de TV Zorra Total (TV Globo) e Cafi-Break (Blue TV, da TVA).





O espetáculo mostra toda a versatilidade dos atores que passeiam pelas mais diversas formas de se fazer comédia (Stand'up, Comédia Física, Humor de Personagens...). Além de fazer rir, é uma aula para quem se interessa pela profissão e os mestres não poupam esforços na hora de mostrar humor de altíssima qualidade. Gostei tanto que assistirei novamente.

Textos: Marcelo Mansfield e Carlos Fariello.
Sextas e sábados às 23h50
Espaço Parlapatões - Praça Franklin Rosenvelt, 158

Centro-São Paulo Tel: 3258-4449
Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia)

E então... Como foi?

Ontem fui assistir a apresentação do "Má Companhia", que tanto divulguei aqui (o segundo post mais lido deste blog). Cheguei quase uma hora antes e estava ansioso. Pude observar toda a preparação das luzes e som. Aparece o Carlos Fariello, já caracterizado, testando a iluminação e o microfone. Foi magico ser cúmplice deste momento de preparação.

Se eu tivesse olhado pra camera ...
Seria perfeita !
Começa o espetáculo e sobre este falarei num post a parte, pois ele também esta em cartaz no Espaço Parlapatões e faço questão não só de divulgar, como de assistir novamente.

Após o termino da peça começa a palestra (acho que assim deveria ser em toda peça de teatro), os dois, Mansfield e Fariello, esbanjam simpatia ao contar um pouco da experiencia de ser ator e trabalha com humor. Encorajado pela simpatia deles arrisquei uma pergunta... quer dizer, tentei, tentei, até conseguir e fiz uma pergunta clichê, mas muito ligada a proposta do Blog. Vou tentar reproduzir a resposta de ambos.

Como começaram carreira no humor e qual dica daria para quem está começando?

Mansfield – Comecei fazendo comerciais, naquela época a maioria dos comerciais eram de humor. Juntei uma grana e montei o meu primeiro espetáculo. Depois o meu amigo, dono do teatro Off me chamou para me apresentar lá e continuar a temporada. Daí em diante não parei mais. A dica que dou para quem está começando é fazer cursos, oficinas e correr atras. Como já comecei fazendo, quase não tive tempo, gostaria de ter feito mais cursos. Então essa é a minha dica.

Sorriso de ponta a ponta.
Fariello – Eu não me considero bem um comediante, sou um ator que também faz humor. Comecei junto com o Mansfield, (na verdade o espetáculo é um pouco sobre essa amizade da época de criança). A dica que dou é olhar o cotidiano com olhos de humor. Olhar a vida, as pessoas que passam e até os contratempos com um olhar de comédia recontando e recriando a realidade com esta ótica. Muitos textos meus nasceram assim.

No final, tomei coragem e ainda pedi uma foto! Fui atendido e ainda tive a oportunidade de trocar mais algumas palavra. Sai flutuando da Casa da Palavra Mario de Andrade, sorriso de ponta a ponta do rosto (parecia o coringa do Batman) e a inspiração em meus ídolos mais reforçada que nunca , pois não os tenho como objeto de adoração e sim como exemplos de carreira a ser seguido, ou seja , ontem eu estava em ótima companhia.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Afinal, como se portar na frente de um ídolo?

Hoje terei a oportunidade de conhecer um ator e comediante que é referencia forte para tudo que construí em questão de texto de humor e personagens. Tento alcançar o versatilidade deste, que é um artista multifacetado, fazendo gêneros como stand'up comedy, pantomima e humor de personagens (entre outros) com qualidade excepcional.

Já tive outras oportunidades maravilhosas como quando conheci Gracie Gianoukas (não falei nada, ela falou tudo por mim), Agnes Zuliani ( que me deu um dos abraços mais gostosos que já recebi)... Mas a verdade é que eu travei na frente das duas! Assim como travei quando vi Marcelo Médici, Juca Chaves, entre outros ídolos do humor.

Não é não saber se portar na frente de alguém famoso (ou que se ache), já encontrei com a Tiazinha (lembra?), alguns ex-BBB (nem eu lembro) e até Paulo Maluf (a quem chamei de ladrão em coro com os presentes). Não é a mesma coisa...

Tente ver aquela tiete de bandas, por exemplo, elas se preparam, gritam pra caramba e quando tem a grande oportunidade de conhecer o tal... travam, desmaiam e perdem o momento. Ou pior ! E este é meu maior medo!! Ser mal recebido por este e ai se decepcionar por completo.

Li uma entrevista do Ronaldo Ciambroni que dava graças a deus por não ter conhecido Dercy Gonçalves, pois apesar de adora-la soube também de seu temperamento imprevisível e impossível principalmente com os roteiristas de seu programa, cargo que quase exerceu. 

A verdade é que sempre tive medo de incomodar justamente quem me inspirou tanto. Não tenho muito tempo… é hoje ! Vou ter a chance de ver Marcelo Mansfield no espetáculo e numa palestra que será realizada logo após... E agora? Travar? Tentar falar? Pedir pra tirar foto? Alguém sabe?